Em fevereiro de 2006, os usuários do Mac OS X levaram um grande susto: havia sido descoberto o primeiro vírus para o sistema. A praga virtual, conhecida como Leap ou Oompa Loompa, era praticamente inofensiva, já que não se espalhava pela internet. O malware era
capaz de se movimentar apenas por redes locais (LAN), usando o protocolo Bonjour.
Além disso, não era nada fácil ser infectado pelo Leap. O usuário precisava se esforçar para isso: receber um arquivo TGZ via iChat, descompactá-lo, executá-lo e, no caso de usuários comuns, informar a senha do administrador para ganhar acesso às configurações do sistema.
Como se não bastasse, o vírus infectava apenas algumas aplicações e, mesmo assim, possuía um bug que impedia o aplicativo infectado de ser executado. Ou seja, ele colaborava com a própria extinção, já que, sem executar o “programa-vítima”, a praga não conseguia se espalhar. A solução para a ameaça era muito simples. Bastava remover o arquivo do Leap do computador e reinstalar as aplicações infectadas.
Mas, agora, os fãs do Mac OS X têm um problema novo para se preocupar. Em maio de 2011, se espalhou a notícia de uma nova ameaça, muito mais preocupante.
Mac Defender, a nova ameaça
O Mac Defender é um cavalo de troia que se disfarça de software antivírus. Dessa forma, os usuários mais desatentos acabam instalando, por engano, um software mal-intencionado. A imprensa especializada já considera o novo malware como o mais ameaçador já criado para o sistema operacional da Apple.A instalação do Mac Defender também não é tão fácil de acontecer. O usuário precisa confirmar e interagir em algumas etapas do processo; a instalação do trojan não é invisível aos olhos do usuário, como no Windows.
Os responsáveis pelo malware usam uma técnica conhecida como spamdexing para fazer com que o link para o cavalo de troia seja mais visível ao usuário quando ele procurar imagens em mecanismos de buscas. Ao clicar na falsa figura, uma janela popup, com a aparência de uma aplicação nativa do Mac OS X, finge analisar o disco rígido da máquina e encontrar alguns vírus.
É nesse ponto que o usuário é impelido a baixar e instalar o “antivírus”. Pior ainda, o malware toma conta do navegador web da vítima, exibindo pornografia e expondo o usuário ao roubo de informações sigilosas, como o número do cartão de crédito.
Para instalar o falso software, é necessário informar a senha do usuário administrador da máquina e prosseguir com o processo de instalação até o final, clicar em botões do tipo “Próximo” e “Finalizar”. Ou seja, a pessoa tem que tentar bastante para ser infectado pelo Mac Defender.
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